terça-feira, 9 de julho de 2013

ATIVIDADE CEREBRAL DOS MÉDIUNS


ESTUDO FAZ ANÁLISE DURANTE A PSICOGRAFIA

Uma pesquisa desenvolvida em nível mundial, que contou com o uso da neuroimagem, avaliou o fluxo sanguíneo cerebral de médiuns brasileiros durante a prática da psicografia. O estudo trouxe resultados no mínimo intrigantes no que se refere à menor atividade cerebral no momento do estado dissociativo mediúnico, mesmo com a geração de complexos conteúdos escritos. O trabalho foi elaborado por pesquisadores do Instituto de Psiquiatria (Ipq) do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em Minas Gerais, da Universidade da Pensilvânia e da Universidade Thomas Jefferson, as duas últimas nos Estados Unidos.

A pesquisa reuniu dez médiuns brasileiros, com 15 a 47 anos de experiência mediúnica, e aproximadamente 18 psicografias por mês, destros e com plena saúde mental.

Os participantes receberam um marcador radioativo para registrar a atividade cerebral durante a escrita normal e na prática da psicografia, em estado de transe. Os médiuns foram escaneados, usando SPECT (tomografia computadorizada com emissão de fóton único) para destacar as áreas do cérebro que são ativas e inativas durante as respectivas tarefas.

Os pesquisadores observaram que, durante a psicografia, os médiuns experientes apresentaram níveis mais baixos de atividade nas áreas do cérebro associadas ao planejamento, raciocínio, geração de linguagem e solução de problemas em relação à escrita normal. As amostras de escrita produzidas foram analisadas e se verificou que os textos psicografados foram mais complexos do que os conteúdos produzidos no estado de vigília. Os conteúdos gerados durante as psicografias envolveram princípios éticos e espirituais e a importância da união entre a Ciência e Espiritualidade.

INVESTIGAÇÕES FUTURAS
De acordo com o primeiro autor do estudo, o psicólogo clínico e pesquisador do Programa Saúde, Espiritualidade e Religiosidade do Ipq, Julio Peres, embora a razão dos resultados não seja completamente conhecida no momento, essa primeira avaliação neurocientífica fornece dados interessantes sobre estados dissociativos mediúnicos alinhados à compreensão da mente e sua relação com o cérebro. Os achados merecem futuras investigações.


Fonte: Agência USP. 

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